VÍDEO: Alunas de medicina ironizam paciente morta após realizar três transplantes em SP
- 09/04/2025
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Estudantes de medicina publicaram um vídeo no TikTok zombando uma paciente que morreu dias após realizar cirurgia; família da jovem denunciou caso à polícia e ao Ministério Público
Um vídeo publicado por duas alunas de medicina no TikTok causou revolta nas redes sociais. As estudantes Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano gravaram o conteúdo durante um curso de extensão no Hospital das Clínicas da FMUSP.
No vídeo, elas comentavam o caso de Vitória Chaves da Silva, que morreria nove dias depois por complicações renais. O material, que alcançou 200 mil visualizações antes de ser removido, mostrava as estudantes de medicina discutindo os três transplantes cardíacos da paciente.
As alunas de medicina se tornaram centro de uma polêmica que dividiu opiniões no meio acadêmico. Enquanto alguns defenderam que o vídeo mostrava apenas interesse científico, outros condenaram a abordagem considerada desrespeitosa das estudantes.
A expressão “subir lá em cima”, usada por uma delas, foi especialmente criticada por internautas e profissionais da saúde. “Esse é o nível dos profissionais da saúde no nosso país”, comentou um usuário sobre a frase.
O Incor emitiu nota repudiando “veementemente” a violação da confidencialidade médica. Já a FMUSP esclareceu que as estudantes não tinham vínculo formal com a instituição. “Assim que foi tomado conhecimento do fato, as universidades de origem foram notificadas”, informou a faculdade.
Família da jovem denunciou estudantes à polícia e ao Ministério Público
A família de Vitória Chaves da Silva, jovem de 26 anos que faleceu em fevereiro por complicações de uma cardiopatia congênita, registrou queixa contra duas alunas de medicina por exposição indevida do caso. A jovem havia passado por três transplantes de coração antes de falecer por insuficiência renal.
As estudantes publicaram o vídeo no TikTok ironizando os três transplantes de coração realizados pela paciente no Incor (Instituto do Coração), em São Paulo. No conteúdo removido da rede social, as alunas de medicina afirmavam que um dos transplantes não teve sucesso porque Vitória não teria seguido corretamente o tratamento medicamentoso.
A família contesta veementemente essa versão e exige retratação pública. “Um amigo dela [Vitória] que mora na Holanda reconheceu a história e nos enviou. Ficamos em choque quando descobrimos”, relatou a irmã da vítima.
A família só tomou conhecimento do vídeo recentemente, quando um amigo da vítima residente na Holanda reconheceu a história. “Elas nunca chegaram a conhecer minha irmã”, destacou a irmã de Vitória.
O Incor confirmou que as estudantes fizeram apenas estágio de 30 dias na instituição. Além da queixa na delegacia, o Ministério Público foi acionado para apurar possível violação ética das duas estudantes.
